Obra de referência:
Texto do primeiro jogo Dominó Geopoético feito na segunda, 12/09 pela equipe da tarde.
Ykon
(também faz referência ao projeto curatorial – para entendermos o que é geopoética);
Público alvo: todos
Objetivo: criar uma narrativa a partir de interpretações e conexões entre fotos usadas no mapa Mundi do Ykon Game, [fotos georeferenciadas no flicker feitas por diversas pessoas liberadas com licença cc] criando assim uma narrativa poética que faça alusão ao projeto curatorial GEOPOÉTICA.
Metodologia:
Cada participante do grupo deve pegar um determinado número de fotografias para criar o dominó visual (no máximo 25 participantes). Cada grupo pode relacionar as imagens como bem entender. Ao colocar a primeira peça na mesa o jogador deve descrever a imagem, depois disso sem uma ordem determinada cada jogador que queira por uma peça deve narrar a relação (conexão que sua peça/imagem faz com a peça colocada anteriormente. Durante o jogo um mediador vai traduzindo as falas em linguagem literária e ao final da oficina o grupo é convidado à comparar a narrativa visual formada pelas peças do dominó ao texto no projetor digitado pelo mediador. Com o grupo esse texto será adaptado, corrigido e melhorado e se o grupo quiser anotar a poesia coletiva criada a partir da leitura da narrativa das conexões do jogo, receberá papel e caneta. Enquanto isso conversamos sobre o tema GEOPOÉTICA, leitura de imagens, proposição visual, direito autoral (autoria coletiva) colaboração e sobre os assuntos emergidos no texto através das imagens.
Material: fotografias do Ykon Game, projetor, papel, canetas.
Autore(a)s:
Michel Flores,
Franciele Aguiar,
Alissa Gottfried,
Ana Maria Reckziegel,
Martina Athayde,
Fernando Sala.
Texto do primeiro jogo Dominó Geopoético feito na segunda, 12/09 pela equipe da tarde.
Ondas de um Rio
Aterrado em lugares amplos
Fumaça de trem
Cobrindo periferias
Misérias ocasionadas pela indústria
Em resposta a natureza muta
Sucata invade territórios humanos transfigurados
Sucata ideológica
Tecno ilógica
Uma relação tensa
Entre o lugar que se vive, ambiente comum e
nossos aparelhos tecnológicos
Somos levados a repensar
O espaço e nossa relação com a natureza
Em busca da sabedoria de guardar memórias
Pelo máximo de tempo em um suporte que suporte as máximas do tempo
O segredo é revelado no caminho:
Meditar,
Retorno às origens,
Conexão com a natureza,
Surfe na pororoca,
Castelos de areia,
Esculturas e
Arte rupestre
A performance de uma laranjeira prestigiada no acampamento
Nos levam a pensar uma civilização em equilíbrio com o ecossistema planetário...
Mas isso parece nunca ter dado certo
Repetimos o erro e caímos nas trevas
Tudo vira(rá) gelo e ruína
Pela ganância de querer descobrir a salvação da humanidade
Num retorno a arte rupestre
Tintas muito poluentes foram nosso erro
Ainda sim, de humanidade resta um vilarejo remoto
Onde sobreviventes da enchente cultivam cerejas
Retomando o diálogo da naturaleza humana com seus artificio de sobrevivência...
Oficina realizada dia 13/09/2011:
Paisagem de uma condição humana
Duro Rígido
Com a Aridez muitas portas se fecham
Pois muitos não estão aqui nem aí
Contraponto
Manifesto artístico protesta
Contra o que é rígido, a diversão!
Atravessemos as portas fechadas
Surfando na pororoca, viva a alegria!
Sem perder a atenção, pois o desequilíbrio é eminente
Ainda que a aridez seja o nosso monstro
A secura...
Um contraponto surge
Paisagem natural x paisagem artificial
Humanos naturais e ambientes artísticos
Pessoas artificiais
Intercambiei depois dessa viagem
Atrás de paisagens bonitas vi muitos olhos feios
Domínio do natural necessário é uma natureza que domina
Assim como tem olhos que já se fecharam
Já voltei para realidade é bom de se ver...
Pegamos um trem pra jogar fora o basquete
O jogo não acabou
No caminho
O reencontro com a natureza dentro de casa
Batata!
Colhidas em um role de bicicleta
Assim entendi que o monstro é a overdose de informação
Informação que não da espaço pra cor
A tv ficou parada na mesma imagem
Busquei a multidão como saída
Fomos todos em busca de uma outra realidade
Menos cinza, menos concreta.